ATA DA PRIMEIRA SESSÃO ESPECIAL DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 02-01-2012.

 


Aos dois dias do mês de janeiro do ano de dois mil e doze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quinze horas e vinte e sete minutos, a senhora Presidenta declarou instalada a Terceira Sessão Legislativa Extraordinária e abertos os trabalhos da presente Sessão, a qual teve como mestre de cerimônia o senhor José Luís Espíndola Lopes, destinada à posse da Mesa Diretora, da Quarta Comissão Representativa e das Comissões Permanentes da Câmara Municipal de Porto Alegre, de acordo com eleições ocorridas na Vigésima Segunda Sessão Extraordinária e na Centésima Décima Oitava Sessão Ordinária da Terceira Sessão Legislativa Ordinária, realizadas no dia doze de dezembro de dois mil e onze. Compuseram a Mesa: a vereadora Sofia Cavedon e os vereadores Mauro Zacher e Haroldo de Souza, respectivamente Presidenta, Presidente eleito e 1º Vice-Presidente eleito da Câmara Municipal de Porto Alegre; o senhor José Fortunati, Prefeito de Porto Alegre; o senhor Kalil Sehbe Neto, Secretário Estadual do Esporte e Lazer, neste ato representando o senhor Beto Grill, Governador em exercício do Estado do Rio Grande do Sul; o desembargador Leo Lima, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul; o senhor Ivory Coelho Neto, Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, em exercício; a senhora Jussara Barbosa Acosta, Defensora Pública-Geral do Estado do Rio Grande do Sul; o general-de-exército Carlos Bolívar Goellner, Comandante Militar do Sul; o arcebispo Dom Dadeus Grings, Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre; o conselheiro Cezar Miola, Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul; o coronel João Vanderlan Rodrigues Vieira, Vice-Presidente do Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul; o senhor Alceu de Deus Collares, ex-Governador do Estado do Rio Grande do Sul; o deputado federal Vieira da Cunha, Presidente Estadual do Partido Democrático Trabalhista. Em continuidade, o senhor Luiz Afonso de Melo Peres, Diretor Legislativo da Câmara Municipal de Porto Alegre, procedeu à leitura do Termo de Posse do vereador Mauro Zacher no cargo de Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre. Após, a senhora Presidenta declarou empossados os vereadores Mauro Zacher, Haroldo de Souza, Carlos Todeschini, Airto Ferronato e João Carlos Nedel, respectivamente, nos cargos de Presidente, 1º Vice-Presidente, 1º Secretário, 2º Secretário e 3º Secretário da Câmara Municipal de Porto Alegre. Em prosseguimento, o vereador Mauro Zacher procedeu à assinatura do Termo de Posse como Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre e, ato contínuo, assumiu a presidência dos trabalhos da presente Sessão e declarou empossados como titulares da Quarta Comissão Representativa da Décima Quinta Legislatura os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. A seguir, o senhor Presidente declarou empossadas as Comissões Permanentes da Câmara Municipal de Porto Alegre, as quais ficaram assim constituídas: Comissão de Constituição e Justiça, vereadores Bernardino Vendruscolo, Elói Guimarães, Luiz Braz, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Waldir Canal; Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL, vereadores Airto Ferronato, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel e Mauro Pinheiro; Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação, vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Elias Vidal, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta e Pedro Ruas; Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude, vereadores DJ Cassiá, Haroldo de Souza, Professor Garcia e Tarciso Flecha Negra; Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, vereadores Engenheiro Comassetto, Luciano Marcantônio, Maria Celeste, Mario Fraga, Nelcir Tessaro e Toni Proença; e Comissão de Saúde e Meio Ambiente, vereadores Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte e Mario Manfro. Em continuidade, o senhor Presidente concedeu a palavra à vereadora Sofia Cavedon, ex-Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, e ao senhor José Fortunati, Prefeito de Porto Alegre. Após, o vereador Haroldo de Souza assumiu a presidência dos trabalhos e concedeu a palavra ao vereador Mauro Zacher, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre. Durante a Sessão, foram registradas as seguintes presenças neste Plenário: senhora Regina Becker; senhor Carlos Henrique Kaipper, Procurador-Geral do Estado do Rio Grande do Sul; senhor Ricardo Anelle, representando a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul; ex-vereadora Neuza Canabarro; senhor Marcelo Kruel Milano do Canto, Procurador-Geral Adjunto do Município; senhor Armando Domingues, Presidente da Associação dos Procuradores do Município de Porto Alegre; coronel Duarte Tomoyoshi Horimoto, representando o V Comando Aéreo Regional; senhor Heinz Huyer, Cônsul Honorário da Tunísia; coronel Marcelo Cantagalo, Assessor Parlamentar do Comando Militar do Sul; coronel Uirassú Litwinski Gonçalves, Assessor Institucional do V Comando Aéreo Regional; senhor Roberto Luiz da Luz Bertoncini, Secretário Municipal da Fazenda; senhora Cleci Jurach, Secretária Municipal de Educação; senhor Omar Ferri Júnior, representando a Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio; senhora Sônia Vaz Pinto, Secretária Municipal de Administração; senhor Carlos Vicente Gonçalves, Diretor-Geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, em exercício; senhor José Edgar Meurer, Secretário Municipal de Esportes, Recreação e Lazer; senhor Ricardo Russowski, Vice-Presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado do Rio Grande do Sul; senhor João Pancinha; senhora Alice Grecchi, Presidenta do Instituto de Advogados do Rio Grande do Sul; senhor Manoel Maris dos Santos, Conselheiro Presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul; rabino Mendel Liberow; senhor Ronaldo Sielichow, Presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul; senhor Paulo Vanzetto Garcia, Presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul; senhor Jarbas Milititsky, Presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul; senhor Albert Poziomyk, Diretor Executivo da Federação Israelita do Rio Grande do Sul; senhor João Batista de Melo Filho, Presidente da Associação Riograndense de Imprensa; senhora Maria Cecília Medeiros de Farias Kother, Presidenta do Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre; senhora Maria Helena Camargo Dornelles, Diretora Secretária-Geral Adjunta da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Rio Grande do Sul –; senhor Carlos Alexandre Ávila, representando a Companhia Carris Porto-Alegrense; senhor Claudiomar Gautério de Farias, vereador do Município de São Jerônimo; senhor Luiz Alcides Capoani, Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio Grande do Sul; senhor André Cardoso Vasques, Provedor da Irmandade Nossa Senhora dos Navegantes; senhor Vinícius Vieira de Souza, representando o Instituto dos Arquitetos do Brasil – Departamento do Rio Grande do Sul; senhor José de Jesus Santos, Presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre; senhor Zilmino Tartari, Diretor Técnico da Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre; senhor Ivo dos Santos Lautert, Prefeito do Município de Taquari – RS –; senhor Cristofer Goulart, Presidente do Instituto Presidente João Goulart; senhora Denise Rosado Retamal Cantarutti, Diretora da Divisão de Obras e Projetos do Departamento de Esgotos Pluviais; padre Guido Kuhn, Diretor-Geral do Colégio Anchieta; senhor Henrique Arlindo Franzmann Schuster, Diretor Executivo da Fundação de Ciência e Tecnologia; senhor Telmo Kist, vereador do Município de Venâncio Aires – RS –; senhor Valny da Costa; senhor Celso Pitol, da Empresa Pública de Transporte e Circulação; senhor Beto Rigotti, representando a Associação Cristóvão Colombo; senhor José Horácio Gattiboni, Coordenador-Geral da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul; senhor Francisco Dornelles, Secretário-Adjunto do Planejamento Municipal; senhor Nereu D’Ávila, Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana; senhor Adão Oliveira, Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado; senhor Fernando D’Andrea, delegado da Polícia Federal; senhora Eunice da Silva Brochier, Presidenta da Associação dos Inspetores e Agentes de Tributos Municipais; senhor Marcos Botelho, Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local; senhor Clóvis André, Coordenador de Gabinete de Políticas Públicas para o Povo Negro; senhora Eloá Muniz, Presidenta da Academia Literária Feminina; senhor Elemar Sand, Secretário-Adjunto da Secretaria Municipal da Saúde; senhor Ayres Cerutti, representando a Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – ABRAJET –; senhor Flávio Zacher e senhora Sandra Zacher, pais do vereador Mauro Zacher; senhoras Anete Zacher e Jéssica Zacher e senhor Flávio Zacher, esposa e irmãos do vereador Mauro Zacher; mestra Tala e mestra Gedi; senhor Vanderlei Luis Cappellari, Diretor-Presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação; senhor Márcio Bins Ely, Secretário do Planejamento Municipal; senhor Eduardo Gomes Tedesco, representando a Associação dos Procuradores do Município de Porto Alegre; senhor Walter Barcellos, representando o Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre; senhor Gilberto Batillana, Presidente do Conselho Municipal de Cultura; senhor Paranaguá da Silva César, Assessor da Secretaria de Estado do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas; senhor Carlos Augusto Silveira Alves, representando os Albergues da Juventude; senhor Enio Roberto Dias dos Reis e senhora Stamatula Vardaramatos, respectivamente Presidente e Vice-Presidente da Associação dos Transportadores de Passageiros – ATP –; senhor Pompeo de Mattos, Secretário Municipal do Trabalho e Emprego; senhor Rodrigo Farias dos Reis, Presidente da Associação dos Conselheiros Tutelares; senhor Newton Braga Rosa, Coordenador-Geral do Gabinete de Inovação e Tecnologia; ex-vereadores Valdir Fraga e Jaques Machado; senhor Urbano Schmitt, Secretário Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico; senhor José Nunes, Presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul; senhor Arnaldo Guimarães, Presidente da Caixa de Assistência dos Advogados e Assessor Jurídico do Prefeito; e senhor Thômas Nunnenkamp, Presidente da Associação dos Empresários Humaitá-Navegantes. Às dezesseis horas e quarenta e três minutos, após a execução do Hino Rio-Grandense, o senhor Presidente convocou os senhores vereadores para Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir e declarou encerrados os trabalhos da presente Sessão. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores Mauro Zacher e Haroldo de Souza. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, será assinada pela maioria de seus integrantes, nos termos do artigo 149, parágrafo único, do Regimento.

 

 


O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS (José Luís Espíndola Lopes): Neste momento, damos início à Sessão Especial destinada à posse da nova Mesa Diretora, da Comissão Representativa e das Comissões Permanentes desta Câmara Municipal. Convidamos para compor a Mesa desta solenidade a Ver.ª Sofia Cavedon, Exma. Sra. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; o Sr. José Fortunati, Exmo. Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Sr. Kalil Sehbe Neto, Exmo. Secretário Estadual do Esporte e Lazer, neste ato representando o Sr. Beto Grill, Exmo. Governador em exercício do Estado do Rio Grande do Sul; o Sr. Desembargador Leo Lima, Exmo. Presidente do Tribunal de Justiça; o Sr. Ivory Coelho Neto, Exmo. Procurador-Geral de Justiça em exercício; a Sra. Jussara Barbosa Acosta, Exma. Defensora Pública-Geral do Estado; o Sr. General de Exército Carlos Bolívar Goellner, Exmo. Comandante Militar do Sul; o Sr. Dom Dadeus Grings, Exmo. Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre; o Sr. Conselheiro Cezar Miola, Exmo. Presidente do Tribunal de Contas do Estado; Coronel João Vanderlan Rodrigues Vieira, Exmo. Vice-Presidente do Tribunal de Justiça Militar; o Sr. Alceu de Deus Collares, Exmo. ex-Governador do Estado do Rio Grande do Sul; o Sr. Deputado Federal Vieira da Cunha, Exmo. Presidente Estadual do PDT.

Convidamos todos os presentes a cantar o Hino Nacional.

 

(Ouve-se o Hino Nacional.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS (José Luís Espíndola Lopes): Prestigiam esta solenidade as Sras. Vereadoras e os Srs. Vereadores deste Legislativo; a Sra. Regina Becker, primeira-dama do Município; o Sr. Carlos Henrique Kaipper, Procurador-Geral do Estado; o Sr. Ricardo Anelle, representante da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e Superintendente-Geral em exercício; a Sra. Neuza Canabarro, ex-Vereadora; o Sr. Marcelo Kruel Milano do Canto, Procurador-Geral Adjunto do Município; o Sr. Armando Domingues, Presidente da Associação dos Procuradores do Município de Porto Alegre; o Coronel Intendente Duarte Tomoyoshi Horimoto, representante do V Comando Aéreo Regional; o Sr. Heinz Huyer, Cônsul Honorário da Tunísia; o Coronel Marcelo Cantagalo, Assessor Parlamentar do Comando Militar do Sul; o Coronel Uirassú Litwinski Gonçalves, Assessor institucional do V Comar; o Sr. Roberto Luiz da Luz Bertoncini, Secretário Municipal da Fazenda; a Sra. Cleci Jurach, Secretária Municipal de Educação; o Sr. Omar Ferri Júnior, representante da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio; a Sra. Sônia Vaz Pinto, Secretária Municipal de Administração; Sr. Carlos Vicente Gonçalves, Diretor-Geral do DMLU, em exercício; Sr. José Edgar Meurer, Secretário Municipal de Esportes, Recreação e Lazer; Sr. Ricardo Russowski, Vice-Presidente e representante da Federasul; Sr. João Pancinha, Vereador Suplente; Dra. Alice Grecchi, Presidente do IARGS; Sr. Manoel Maris dos Santos, Conselheiro Presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul; o Rabino Mendel Liberow; Sr. Ronaldo Sielichow, representante do Sistema Fecomércio; Sr. Paulo Vanzetto Garcia, Presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul – Sinduscon-RS; Sr. Jarbas Milititsky, Presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul; Sr. Albert Poziomyk, Diretor Executivo da Federação Israelita do Rio Grande do Sul; Sr. João Batista de Melo Filho, Presidente da Associação Riograndense de Imprensa – ARI; Sra. Maria Cecília Medeiros de Farias Kother, Presidente do Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre; Sra. Maria Helena Camargo Dornelles, Diretora Secretária-Geral Adjunta da OAB/RS; Diretor Carlos Alexandre Ávila, representando a Companhia Carris Porto-alegrense; Sr. Claudiomar Gautério de Farias, Vereador do Município de São Jerônimo; Eng. Civil Luiz Alcides Capoani, Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio Grande do Sul; Sr. André Cardoso Vasques, Provedor da Irmandade Nossa Senhora dos Navegantes; Sr. Arquiteto Vinícius Vieira de Souza, representante do Instituto dos Arquitetos do Brasil/RS; Sr. José de Jesus Santos, Presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre; Sr. Zilmino Tartari, Diretor Técnico da PROCEMPA; Sr. Ivo dos Santos Lautert e esposa, Prefeito de Taquari; Sr. Cristofer Goulart, Presidente do Instituto Presidente João Goulart; Sra. Denise Cantarutti, representante do DEO – Diretora de Obras e Projetos; Padre Guido Kuhn, Diretor-Geral do Colégio Anchieta; Sr. Henrique Schuster, Diretor Executivo da Cientec; Sr. Telmo Kist, Vereador de Venâncio Aires; Sr. Valny da Costa, representante do CEJUS; Sr. Celso Pitol, representante da EPTC; Sr. Beto Rigotti, representando a Associação Cristóvão Colombo; Sr. José Horácio Gattiboni, Coordenador-Geral da Famurs; Sr. Francisco Dornelles, Secretário Adjunto do Planejamento Municipal; Sr. Nereu D’Avila, Secretário da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Segurança Urbana; Sr. Adão Oliveira, Presidente da Sulpetro; Sr. Fernando D’Andrea, Delegado da Polícia Federal; Sra. Eunice da Silva Brochier, Presidenta da AIAMU; Sr. Marcos Botelho, Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local; Sr. Clóvis André, Coordenador de Gabinete de Políticas Públicas para o Povo Negro; Sra. Eloá Muniz, Presidente da Academia Literária Feminina; Sr. Elemar Sand, Secretário Adjunto da Saúde; Sr. Ayres Cerutti, representante da Abrajet; familiares do Presidente eleito: esposa, Anete Zacher; pai, Flávio Zacher; mãe, Sandra Zacher; os irmãos Flávio e Jéssica Zacher, Mestra Tala e Mestra Gedi.

A Sra. Sofia Cavedon, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, está com a palavra.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Boa-tarde a todos! Sejam todas e todos muito bem-vindos; meus cumprimentos às autoridades já nominadas. Declaro abertos os trabalhos da presente Sessão Especial destinada à posse da Mesa Diretora da Casa, da Comissão Representativa e das Comissões Permanentes.

Declaro empossada a nova Mesa Diretora deste Legislativo: Presidente, Ver. Mauro Zacher; 1º Vice-Presidente, Ver. Haroldo de Souza; 1º Secretário, Ver. Carlos Todeschini; 2º Secretário, Ver. Airto Ferronato; 3º Secretário, Ver. João Carlos Nedel. (Palmas.)

Convido o Presidente, Ver. Mauro Zacher, a fazer parte da Mesa, e solicito que o Sr. Luiz Afonso de Melo Peres, Diretor Legislativo, faça a leitura do Termo de Posse de Presidente.

 

O SR. LUIZ AFONSO DE MELO PERES: Passo a ler o Termo de Posse de Presidente. (Lê.): “Aos 02 dias de mês de janeiro do ano de 2012, no Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal de Porto Alegre, o Sr. Vereador Mauro Zacher foi empossado no cargo de Presidente durante a primeira Sessão Especial da 3ª Sessão Legislativa Extraordinária da XV Legislatura, tendo em vista eleição realizada no dia 12 de dezembro de 2011. Para constar, preencheu-se o presente Termo que, lido e aceito, será assinado pelo Sr. Presidente e pelas testemunhas”.

 

(O Ver. Mauro Zacher assina o Termo de Posse.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Boa-tarde a todos e a todas. Declaro empossados os seguintes integrantes da Comissão Representativa: Ver. Airto Ferronato, Ver. Aldacir Oliboni, Ver. Carlos Todeschini, Ver. DJ Cássia, Ver. Dr. Raul Torelly, Ver. Dr. Thiago Duarte, Ver. Engenheiro Comassetto, Ver. Haroldo de Souza, Ver. João Carlos Nedel, Ver.ª Maria Celeste, Ver. Mario Manfro, Ver. Mauro Zacher, Ver. Nilo Santos, Ver. Paulinho Rubem Berta, Ver. Reginaldo Pujol, Ver. Tarciso Flecha Negra, Ver. Toni Proença e o Ver. Waldir Canal.

Declaro empossados os membros das Comissões Permanentes: Comissão de Constituição e Justiça – CCJ: Ver. Luiz Braz, Ver. Elói Guimarães, Ver. Bernardino Vendruscolo, Ver. Reginaldo Pujol, Ver. Sebastião Melo, Ver.ª Sofia Cavedon e Ver. Waldir Canal; Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul – CEFOR: Ver. João Antonio Dib, Ver. Idenir Cecchim, Ver. Airto Ferronato, Ver. João Carlos Nedel, Ver. Mauro Pinheiro; Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação – CUTHAB: Ver. Paulinho Rubem Berta, Ver. Adeli Sell, Ver. Alceu Brasinha, Ver. Elias Vidal, Ver. Nilo Santos e Ver. Pedro Ruas; Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude – CECE: Ver. Professor Garcia, Ver. Tarciso Flecha Negra, Ver. DJ Cassiá e Ver. Haroldo de Souza; Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana – CEDECONDH: Ver. Engenheiro Comassetto Ver. Nelcir Tessaro, Ver. Luciano Marcantônio, Ver.ª Maria Celeste, Ver. Mario Fraga, Ver. Toni Proença; Comissão de Saúde e Meio Ambiente – COSMAM: Ver. Beto Moesch, Ver. Mario Manfro, Ver. Aldacir José Oliboni, Ver. Carlos Todeschini, Ver. Dr. Raul Torelly, Ver. Dr. Thiago Duarte.

Estão todos empossados. (Palmas.)

Convido a ex-Presidente, Ver.ª Sofia Cavedon, para o pronunciamento de encerramento de seu mandato e de saudação à nova Mesa Diretora.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Mauro Zacher, a quem eu desejo uma profícua gestão. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Senhores e senhoras, caríssimos Vereadores e Vereadoras, funcionários e funcionárias desta Casa, empresto de Mario Quintana (Lê.): “Olho o mapa da Cidade / Como quem examinasse / A anatomia de um corpo... / Sinto uma dor infinita / Das ruas de Porto Alegre / Onde jamais passarei...”

Em 2011, palmilhamos esta Cidade, imbuídos que estávamos da convicção de que, mais do que examinar o mapa, tínhamos que tocar as nervuras desse corpo chamado cidade, se queríamos mais do que fazer leis, transformá-las em direitos! E, nas mais inusitadas situações, revelamos muito da tão humana condição de resistência, de resignação, de indignação, de fibra e de luta!

Se o poeta, só de examinar o mapa, sentiu uma dor infinita, no tocar rostos, braços, ouvir as falas, sentir os odores, ver os espaços tão precários, impensáveis para a dignidade humana, quase experimentamos essa dor!

A vida no meio do lixo, a água que não corre na torneira, os ratos que atormentam as noites, a luz que não se mantém, e, muitas vezes, mata; o esgoto que invade as casas, as casas cheias de frestas para o frio, frestas para os mosquitos, para as baratas, para o medo; a noite passada na fila do posto de saúde, as horas passadas no aperto dos ônibus, a convivência com a violência, o cansaço das mulheres, a infindável alegria das crianças – tudo ali nas linhas do mapa –, antes notícia, casos isolados, hoje, parte de uma tessitura muito maior e mais complexa que só conhecemos andando por ela! Tessitura esta ligada, conectada por baixo pelas valas, valões, arroios onde, infelizmente, nossa água ainda jorra com lixo, esgoto e lama... e conectada por cima pelo sistema de mobilidade urbana, congestionado pela cultura individualista do automóvel, frenético e agitado pelos consórcios de transporte coletivo, tão aquém ainda da dignidade do povo trabalhador e dos estudantes.

Chego ao final do ano e da presidência desta Casa impactada, encharcada da urgência dada pelo reconhecimento de um mapa da cidade de Porto Alegre, transformada pela não antes dimensionada deformação e adoecimento desse corpo, mas tocada pela surpreendente teimosia da vida.

A responsabilidade de ocupar o espaço de representação deste povo fica muito mais densa diante deste novo traçado da cidade de Porto Alegre; e muito mais desafiadora. A consciência da injustiça torna mais urgente a tarefa de compreender e enfrentar os instrumentos que mantêm a desigualdade. Impõe-se mobilizar consciências, mudar culturas e prioridades, desacomodar modos de gestão, repensar as políticas públicas.

O que seria a democracia não fora isso: o poder exercido em nome da dignidade humana e, principalmente, em nome de quem ainda não a tem? A democracia, afirma Marilena Chauí, se apoia na noção de direito, não de privilégio. É o processo político de criação de direitos; opera, portanto, de forma aberta e permeável.

Uma Câmara, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, aberta e permeável, que reconhece o conflito constitutivo da democracia, que do conflito gesta os direitos, é a Câmara que procurei presidir. Um Parlamento que devolvesse à Cidade o poder de transformar o seu mapa!

Agradeço ao meu Partido, o PT – companheira Ver.ª Maria Celeste, companheiros Ver. Carlos Todeschini, Ver. Mauro Pinheiro, Ver. Engenheiro Comassetto, Ver. Aldacir José Oliboni, Ver. Adeli Sell – a possibilidade de viver tão intensa experiência, que espero tenha acrescentado valor simbólico ao nosso Partido. Agradeço a cada Vereador e Vereadora, em especial aos que compuseram a Mesa Diretora comigo – Ver. DJ Cassiá, Ver. Toni Proença, Ver. Paulinho Rubem Berta, Ver. Mario Manfro, Ver. Waldir Canal, Ver. Adeli Sell – que com sua crítica e/ou com sua parceria me instigaram a prosseguir e a aprender mais ainda a sustentar minhas posições, mantendo a coerência com a responsabilidade de ocupar o único ano de presidência, dentre os quatro desta Legislatura, conquistado pelos Partidos de oposição. Agradeço aos cidadãos de Porto Alegre por me conduzirem por três vezes à Câmara, porque me proporcionaram tamanha experiência, inclusive, Sr. Prefeito Fortunati, a quem agradeço, por ser Prefeita em exercício por treze dias – certamente os treze dias mais extraordinários da minha vida política –, pelo poder de transformação da vida que este lugar contém.

Quando eu for, um dia desses/ Poeira ou folha levada/ No vento da madrugada,/ Serei um pouco do nada/ Invisível, delicioso/ Que faz com que o teu ar/ Pareça mais um olhar,/ Suave mistério amoroso,/ Cidade de meu andar (Deste já tão longo andar!) E talvez de meu repouso... (Mario Quintana.)

Feliz Gestão, Presidente Mauro Zacher! Feliz Cidade a todos em 2012! Obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS (José Luís Espíndola Lopes): Prestigiam, também, esta solenidade: o Sr. Vanderlei Cappellari, Diretor-Presidente da EPTC; o Sr. Márcio Bins Ely, Secretário do Planejamento Municipal; o Sr. Eduardo Gomes Tedesco, representando a Associação dos Procuradores do Município de Porto Alegre; o Sr. Walter Barcellos, do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre; o Sr. Gilberto Batillana, Presidente do Conselho Municipal de Cultura; o Sr. Paranaguá da Silva César, Assessor da Secretaria de Estado do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas; o Sr. Carlos Augusto Silveira Alves, representante dos Albergues da Juventude; o Sr. Enio Roberto Dias dos Reis, presidente da ATP; o Sr. Pompeu de Mattos, Secretário Municipal do Trabalho; o Sr. Rodrigo Farias dos Reis, presidente da Associação dos Conselheiros Tutelares; o Sr. Newton Braga Rosa, Secretário do Inovapoa; os ex-Vereadores desta Casa, Valdir Fraga e Jaques Machado, o Jacão; e a Sra. Stamatula Vardaramatos, Vice-Presidente da ATP.

Com a palavra, o Sr. Presidente eleito, Mauro Zacher.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Convido, para fazer uso da palavra, o Exmo. Sr. Prefeito Municipal de Porto Alegre, José Fortunati. (Palmas.)

 

O SR. JOSÉ FORTUNATI: Gostaria de saudar, inicialmente, o meu querido amigo Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Mauro Zacher, que tem dado uma grande contribuição para a nossa Cidade; quero cumprimentar a ex-Presidente, Ver.ª Sofia Cavedon, e agradecer-lhe pela parceria no ano de 2011. Ao cumprimentá-los, quero cumprimentar cada Líder e cada Bancada, e vou exatamente fazê-lo em ordem alfabética por Partido: meu querido Ver. Reginaldo Pujol, Líder do DEM; meu querido Ver. Dr. Thiago Duarte, Líder da minha Bancada, a do Partido Democrático Trabalhista – ao saudá-lo, saúdo toda a nossa Bancada; o Líder Idenir Cecchim, Líder do PMDB, e toda Bancada; o PP, meu Líder do Governo, e também Líder do PP, João Antonio Dib. Aproveito, meu querido amigo, João Antonio Dib, para agradecer por essa fantástica condução do nosso Governo, nesta Casa, durante o ano de 2011, e, naturalmente, já aqui, em plenos pulmões, alto e bom som, convidando-o para permanecer na Liderança do nosso Governo, durante o ano de 2012. (Palmas.)

Quero cumprimentar o Líder Elias Vidal, do PPS, e a sua Bancada; meu querido amigo Líder Waldir Canal, do PRB; o Líder Airto Ferronato, do PSB; o Líder Pedro Ruas, do PSOL, e a sua Bancada; o Líder Aldacir Oliboni, e, ao saudá-lo, saúdo a Bancada do PT. Meu amigo DJ Cassiá, Líder do PTB, ao saudá-lo, saúdo a Bancada do PTB; o Toni Proença, Líder do PPL. Cumprimento também o nosso Ver. Tarciso Flecha Negra, Líder do PSD, e, ao cumprimentá-lo, cumprimento a Bancada.

Quero dizer que é uma grande alegria mais uma vez partilhar desta tribuna numa Sessão da Câmara de Vereadores, especialmente numa data tão importante quanto esta. Sei da sua importância porque fui Vereador desta Casa e tive a honra de presidi-la durante uma gestão. Sei da sua importância, sei da importância da Câmara de Vereadores para a nossa Cidade; sei da importância da presença dos 36 Vereadores e Vereadoras na construção de uma Cidade mais aberta, democrática, de uma Cidade realmente transformadora.

Não tenho dúvida, meu Líder, Ver. João Antonio Dib, de que o ano de 2011, que acabamos de encerrar, foi um ano realmente diferenciado para a Cidade de Porto Alegre. Isso se deve muito, também, à participação desta Casa, da Câmara Municipal de Porto Alegre.

Foi um ano em que finalmente a Cidade conquistou o seu metrô; foi um ano em que conseguimos retirar, simplesmente, das gavetas, a revitalização do Cais Mauá. Foi o ano em que começamos uma profunda requalificação da área da saúde, mexendo com interesses, muitos deles corporativos, que não queriam permitir que avanços fossem conquistados, mas que estão se dando na prática concreta da nossa população. Foi o ano em que preparamos, fundamentalmente, todos os grandes projetos para a requalificação da nossa Cidade na busca da Copa do Mundo de 2014. E, a partir de 2012, nossa Cidade, exatamente por essa preparação, virará um grande canteiro de obras. Foi um ano em que, na parceria com o Governo Federal, aprofundamos a construção de moradias populares através do programa Minha Casa, Minha Vida; um ano em que buscamos o fortalecimento da democracia participativa, o fortalecimento do Orçamento Participativo. Tivemos a cautela e a preocupação de não simplesmente discutir o futuro, mas de olhar para o passado, buscando, juntamente com as lideranças do OP, todas as obras que, por um motivo ou outro, ficaram perdidas ao longo do tempo. Resgatamos mais de mil obras, o que permitiu, indiscutivelmente, que nós pudéssemos hoje chegar com mais de 700 obras resgatadas, desde o ano de 1992. Esse era um débito que nós tínhamos com o OP e que resgatamos em conjunto com a própria comunidade.

Não tenho dúvida de que Porto Alegre vem se consolidando, meu querido Governador Alceu Collares, desde a criação dos Conselhos Populares, a criação do Orçamento Participativo, a criação de vários mecanismos que, ao longo desse processo, fortaleceram os Conselhos Municipais, fortaleceram os Fóruns Municipais. Hoje todos nós nos sentimos orgulhosos porque, indiscutivelmente, esta é a Capital da democracia, reconhecida por todo o mundo. Isso foi mais uma vez ressaltado quando realizamos aqui, há poucos dias, o Congresso Mundial da Rede Metrópolis, em que prefeitos – o Prefeito de Paris, o Prefeito de Montreal, o Prefeito de Barcelona e de tantas outras cidades – fizeram questão de vir a Porto Alegre para destacar e reconhecer a Democracia Participativa, que se consolida ao longo da história desta Cidade, aqui, na Capital de todos os gaúchos.

Quero cumprimentar – e peço escusas – meu querido amigo Ver. Mario Manfro, Líder do PSDB, e Ver. Luiz Braz, desculpem-me, mas, na leitura, acabei esquecendo de citá-los. Naturalmente entendo que foi apenas um lapso de leitura, nada mais do que isso.

Quero também destacar que procuramos, com muita ênfase, nesse ano de 2011, em parceria com esta Casa, requalificar os serviços públicos. Graças exatamente ao apoio que tivemos desta Casa, conseguimos, e vou citar dois casos concretos. O primeiro deles: implantar a mecanização da coleta do lixo em nossa Cidade, que vem, indiscutivelmente, aprimorando o serviço. Segundo: fazer com que pudéssemos ter um benefício para o usuário do transporte coletivo, colocando em uso a segunda passagem gratuita. E, para quem acha que isso não foi importante, é importante, meu Líder Idenir Cecchim, lembrar que, de julho, quando passamos a adotar a segunda passagem gratuita, até o mês de dezembro, 15 milhões de usuários se beneficiaram da segunda passagem gratuita na cidade de Porto Alegre. Quinze milhões de usuários, Ver. João Antonio Dib, mostrando claramente o alcance social de uma atividade como essa.

Não quero aqui me estender, e certamente poderia, até porque, há poucos dias, prestei contas do meu Governo a todo o povo de Porto Alegre, mas quis deixar muito claro que, entre essas ações, deixei este assunto por último não por ser menos importante, mas exatamente por ter o significado especial de uma nova postura que a Cidade adota ao olhar dos seus cidadãos, todos eles, especialmente aqueles que mais dependem do aporte de recursos e das políticas públicas do Poder Público, em que tratamos os diferentes de forma diferente, buscando colocar políticas públicas avançadas para aqueles que mais necessitam delas. Entendemos que uma sociedade só se constrói de forma harmônica, solidária, humana e transformadora se tratarmos todos os seres vivos em igualdade de condições.

Nesse sentido, esta Casa apoiou e aprovou a criação da Secretaria Especial dos Direitos Animais, que, em pouco tempo, em pouco mais de cinco meses, já mostrou para o que veio, mostrando claramente que a Cidade começa a se relacionar de uma forma diferenciada com todos os seres vivos. Acredito eu, meu querido Pompeo de Mattos, que é desta forma que nós queremos pontuar a nossa ação: olhando para 2012 nessa parceria fantástica, naturalmente tendo aqui oposição e situação, mas, acima de tudo, tendo 36 Vereadoras e Vereadores amigos e parceiros da cidade de Porto Alegre. O que realmente interessa é olharmos a Cidade através de um franco, aberto e democrático debate, para que juntos possamos construir a Porto Alegre que todos nós desejamos – uma Porto Alegre do futuro, uma Porto Alegre com crescimento sustentável, uma Porto Alegre que respeite os seres vivos, especialmente os seres humanos.

Desejo a todos um feliz 2012. Desejo a esta Casa que continue com a mesma combatividade, com a mesma contribuição com a nossa Cidade; que possamos, durante o ano de 2012, continuar construindo a Cidade que todos nós desejamos, com sustentabilidade, com dignidade, com respeito às diferenças e com amor pela Capital de todos os gaúchos. Que Deus abençoe a todos! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS (José Luís Espíndola Lopes): Prestigiam ainda esta solenidade o Sr. Urbano Schmitt, Secretário Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico; o Sr. José Nunes, Presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul; e o Dr. Arnaldo Guimarães, Presidente da Caixa de Assistência dos Advogados e Assessor Jurídico do Prefeito.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Convido o Ver. Haroldo de Souza a assumir a presidência dos trabalhos para que este Presidente possa fazer o seu pronunciamento. (Palmas.)

 

(O Ver. Haroldo de Souza assume a presidência dos trabalhos.)

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Boa-tarde a todos, estou muito orgulhoso por assumir a Vice-Presidência da Casa, e já estou anunciando, para o seu primeiro pronunciamento, o novo Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, o nosso querido Ver. Mauro Zacher. (Palmas.)

 

O SR. MAURO ZACHER: Muito obrigado, Ver. Haroldo de Souza. Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Cumprimentando a todos e a todas que nos honram com suas presenças nesta tarde, quero inicialmente lembrar que chego à Presidência do Legislativo de Porto Alegre por conta de um acordo firmado entre os Partidos da Casa para uma Mesa plural, representativa da diversidade que caracteriza a nossa democracia. A palavra foi publicamente empenhada, e o que se acordou foi respeitado. Por isso, o reconhecimento e o agradecimento aos meus Pares, que honraram o compromisso assumido e que, por sobre as diferenças políticas e ideológicas, me conduziram a esta elevada missão.

Quando consideramos as disputas políticas, é natural que a diferença aflore, mas as disputas políticas travadas a partir da lógica democrática pressupõem sempre a possibilidade de pactos. Na verdade, elas se dão a partir de um pacto fundador, aquele expresso pela concordância, com as regras que limitam as próprias disputas. Imaginar uma política sem pactos, vale dizer, sem algum tipo de acordo entre os que pensam de forma diversa, é abrir as portas para a violência, um tipo de resposta oferecida por aqueles que não pactuam. Pensar a democracia em qualquer lugar do mundo é tratar de um enigma. O que, de fato, devemos entender por decisões democráticas? Ainda hoje, o senso comum entende que a democracia poderia ser definida como a vontade da maioria. Uma compreensão que, por desconsiderar princípios e direitos que não estão submetidos à regra da maioria, tende a se realizar como violência. Daí a importância do respeito à Constituição, que incorporou não por acaso um conjunto de enunciados que não admite reformas às chamadas cláusulas pétreas. Todos os direitos humanos fundamentais, especialmente aqueles elencados no art. 5º da Constituição, deverão ser assegurados ainda que uma esmagadora maioria os rejeite. E é assim, exatamente para que esta maioria não esmague, para que possamos conviver lado a lado com os modos de vida, posturas, convicções, crenças e hábitos minoritários. Democracia, mais do que a vontade da maioria, é a defesa dos direitos da dignidade humana.

Podemos imaginar infinitas formas de alargar a esfera pública para que mais pessoas participem dos debates políticos, e para que os concernidos pelas decisões públicas sejam, cada vez mais, seus protagonistas. O Orçamento Participativo, experiência que projetou Porto Alegre em todo mundo, é uma dessas formas. Há muitas outras maneiras. Notadamente, aquelas tornadas possíveis pela moderna revolução nas comunicações que poderão tornar em realidade a ideia de uma ágora virtual. Nenhuma dessas formas, entretanto, substitui o Parlamento como um Poder imprescindível à democracia.

Mas, para que os Parlamentos, no Brasil, estejam à altura de suas obrigações, é preciso que assumam integralmente as suas responsabilidades de governança, o que vale para situação e oposição. Com isso, quero me referir à necessidade de o Parlamento ser, de fato, um Poder autônomo e não um órgão subsidiário, reduzido à função burocrática de chancelar a vontade do Executivo. O Parlamento não é um mercado onde os votos possam ser barganhados em troca de favores. Também não é uma assembleia em um manicômio onde todos falam e ninguém escuta. O Parlamento deve ser um centro do debate e de indução de políticas públicas. Alguém pode dizer: “Sim, mas isso é uma abstração, porque na vida real ele não tem sido assim!” Mais uma razão, então, para que trabalhemos orientados pela recuperação da política em sua acepção mais generosa e digna. Afinal, é preciso lutar contra o que há de pequeno nas instituições, se queremos que elas sejam grandes.

Ver. João Dib, permita-me citá-lo, lembrando sua impressionante trajetória nesta Casa, para dizer que desejo contar, ao longo deste ano, com a colaboração de todos, especialmente com a experiência dos Vereadores com longa história de dedicação a este Parlamento. Vivemos num mundo que se acostumou a elogiar a juventude como se ela fosse uma virtude, o que não é. Em um ambiente em que sempre ameaça os mais velhos pela desconsideração e, não raro, pelo descrédito, é preciso romper com os valores que legitimam essas práticas ou que as tornem invisíveis. Acho mesmo que a nossa cultura deveria se render ao exemplo que nos é dado por aquelas civilizações, destacadamente, do Oriente, que valorizam os seus velhos, porque aprendem que a sabedoria é a síntese da inteligência com a experiência. Por isso, nenhum jovem, por mais capaz que seja, pode ser sábio. Estou ciente de que tenho muito a aprender, e que a experiência política é tanto mais rica quanto mais ela permita que possamos superar nossos próprios limites e defeitos. Temos todos a disposição de mudar as coisas, queremos todos melhorar o mundo ou revolucioná-lo naquilo que nos oferece em receitas de humilhação, injustiça e dor, mas o que será de nós se quisermos mudar o mundo e não formos capazes de mudar a nós mesmos? O que será daquele que pretende uma sociedade justa e solidária se ele mesmo não construir a justiça e a solidariedade em seu cotidiano? Como lutar por um futuro de respeito e dignidade, se o nosso presente for montado pela desconsideração ou pelo preconceito?

Comecei a minha militância política como um cidadão indignado com um Governo; eu tinha 15 anos, e o movimento foi chamado de “Caras Pintadas”. Foi o primeiro movimento na história brasileira a depor legalmente um Presidente da República. Logo após, já na Universidade, vinculei-me ao movimento estudantil, sendo uma das lideranças na PUC. Vivíamos um tempo marcado por um processo de radicalização no campo popular, simbolizado pelas relações entre os dois Partidos: PDT e PT. No Governo Collares, uma CPI havia deixado marcas profundas; no Governo Olívio, outra CPI, a da Segurança, que reproduziu o mesmo processo de tensão e impossibilidade de diálogo. Em nenhum outro movimento social essa polarização se fez sentir de maneira tão forte quanto no movimento estudantil e, particularmente na PUC, onde grande parte do nosso grupo já militava no PDT e onde o PT contava com muitos apoiadores. Vem dessa época um contencioso que ainda hoje mobiliza manifestações de intolerância como vimos aqui recentemente. Sobre isso quero dizer apenas que éramos muito jovens e como tal sabíamos muito pouco. Todos nós, bem entendido, seja como for, penso que devemos retirar lições daquela época, não estigmas. O Brasil mudou muito desde então, o PDT e PT possuem hoje responsabilidades comuns de Governo, e o movimento estudantil da PUC está mais maduro e muito mais consciente, e é isso que importa ao final.

Olhando para a democracia que desejo para o meu País, quero contribuir para que a Câmara seja cada vez mais valorizada e respeitada. Para tanto, vou recolher os melhores exemplos que temos na história desta Casa e desta Cidade. Desde o digno Vereador José Aloísio Filho, oriundo, como eu, lá do 4º Distrito, e que presidiu a Câmara Municipal quando do seu bicentenário, passando pela maior referência dos trabalhistas, o Governador Leonel de Moura Brizola, liderança cuja memória haveremos sempre de reverenciar, e por aqueles que honraram e seguem honrando essa tradição, como o meu querido amigo, ex-Governador Alceu de Deus Collares, um dos políticos de maior carisma e capacidade de comunicação com o povo que já conheci. (Palmas.) Prefeito, José Fortunati, o que nos contagia é a sua extraordinária dedicação e amor pela Cidade; o Deputado Vieira da Cunha, cuja trajetória na Assembleia e na Câmara Federal constitui motivo de orgulho para todos os gaúchos; o Presidente Estadual do meu Partido, Romildo Bolzan, que com paciência e com competência tanto tem feito pelos ideais do trabalhismo.

Um ano é um tempo muito breve, ainda mais quando as dinâmicas políticas passam a ser imantadas pela disputa eleitoral que se avizinha. Fundamental, então, que não desperdicemos tempo. Pretendo que esta nova gestão possa assegurar reformas fundamentais para Porto Alegre. E, por isso, estarei empenhado para que possamos assegurar uma dinâmica política produtiva, que permita a aprovação de projetos que de fato aperfeiçoem a política e melhorem a vida das pessoas. Passo, então, a alguns exemplos concretos para que este pronunciamento seja também um convite à ação e à mudança.

O ideal democrático é inseparável da transparência e da prestação de contas. No Brasil, temos uma tradição oligárquica e antirrepublicana, responsável pela ausência tanto da luz pública sobre os negócios de Estado quanto pela falta de explicação dos gestores ao público. Não por acaso a expressão inglesa accountability, que designa a responsabilidade dos agentes públicos a prestar contas de suas atividades, não possui um termo equivalente na língua portuguesa. O Parlamento brasileiro, o mais aberto e democrático dos Poderes, e a própria democracia que estamos construindo se fortaleceriam muito caso contássemos com uma regra tão comum na experiência parlamentarista, que obriga os gestores a comparecerem periodicamente para prestar contas de suas ações e debater com os representantes do povo. Por isso, irei propor à Mesa Diretora um projeto que estabeleça um processo institucional pelo qual todos os Secretários do Município, assim como o Prefeito, devam comparecer, uma vez por ano, à Câmara Municipal, em Sessão de prestação de contas. Nessas oportunidades, os gestores terão o tempo necessário para expor o diagnóstico de sua Pasta, relatar o que fizeram e anunciar os projetos para o ano seguinte. Logo após essa apresentação, os gestores serão questionados pelos Vereadores, assegurado tempo para a réplica. Não me refiro aqui à dinâmica usual de convites ou convocações de gestores para tratar de tema definido nas Comissões Temáticas, mas de regra nova, para uma dinâmica de transparência, cobranças e debate qualificado em torno das políticas públicas em curso. Tenho a convicção de que esse tipo de dinâmica poderá destacar em muito a missão importante desta Casa como fiscalizadora do Poder Executivo e também como agente de governança. Em se tratando do último ano desta gestão, pretendo que essa dinâmica ocorra já no primeiro semestre deste ano.

Permitam-me quebrar a formalidade, mas quero saudar a nossa ex-Vereadora, ilustríssima Neuza Canabarro. Muito obrigado pela sua presença, Neuza. (Palmas.)

Uma cidade é formada por muitas coisas: seu patrimônio histórico, seus logradouros, suas praças e parques, suas fontes de água, sua luz, suas promessas, seus sonhos, porém, entre tudo que forma uma cidade, as pessoas são o que há de mais importante. É para elas que erguemos prédios e monumentos, é para elas que estabelecemos regras e honrarias, e é em nome delas que agimos. As cidades só se tornam possíveis por conta de regras de convivência. Sem essas regras, a vida, em qualquer cidade, seria uma experiência aterrorizante. Quando falo em regras, não me refiro apenas às leis penais – essas são importantes, mas não suficientes –, tenho em mente as regras civis que dizem respeito à convivência e que foram construindo a civilização e sendo por ela influenciadas. Na experiência municipalista brasileira, as regras civis de convivência deram origem aos códigos de postura. Pois bem, o nosso Código de Postura é uma Lei de 1975, Governador Collares. Com a velocidade das transformações do mundo, nas últimas décadas, pode-se dizer que esta lei foi elaborada em uma realidade que não existe mais. Trata-se, sim, de lei ultrapassada e, em larga medida, inócua. Manter essa situação é apostar no caos, na incivilidade, no desrespeito. Vivemos numa cidade onde pessoas se matam por motivos banais: parte importante dos homicídios surge em disputas triviais entre vizinhos, não raras em situações exasperantes de perturbação do sossego. Todos aqui teriam histórias a contar a respeito, tenho certeza.

Com efeito, como viver em uma cidade onde as pessoas sentem-se no direito de ouvir música, ou o que se convencionou chamar assim, até altas horas da madrugada, com um som mais alto do que aquele produzido por britadeiras? Como um trabalhador e sua família podem viver desamparados pelo Município, quando lhe é negado o direito ao descanso? Nesses casos, o que é cada vez mais comum em nosso meio, qual o recurso alcançado à cidadania para barrar os abusos e responsabilizar os que atormentam os demais? Hoje sabemos a resposta: não há recursos! As Polícias não possuem estrutura para atender a esse tipo de reclame, e falta-nos uma política pública eficaz que enfrente e resolva um problema tão simples e, ao mesmo tempo, tão crucial para milhares de porto-alegrenses. É nossa obrigação resolvê-lo.

Exemplos dessa natureza, e que envolvem regras básicas de convivência urbana são inúmeros. Pensemos, por exemplo, na situação de nossas calçadas: será possível seguir tolerando a irresponsabilidade dos proprietários que não constroem ou não mantêm suas calçadas, transformando esses caminhos em armadilhas para os idosos e para as crianças, e em obstáculos intransponíveis para os cadeirantes?

Bem, questões como essas, às quais poderíamos agregar a disposição do lixo, o funcionamento dos bares, a venda de bebidas alcoólicas e de cigarros, a conduta no trânsito, o cuidado com nossas praças e tantos outros temas, que precisam de regras modernas e eficazes. Para tanto, eu gostaria que a Câmara coordenasse um amplo processo de discussão voltado para a aprovação de um código de convivência democrática. Poderíamos chamar esse compromisso de constituinte do cotidiano e fixar o final de 2012 para que a Cidade receba esse novo estatuto. Esse caminho de construir normas de convivência cidadã tem sido um dos mais valorizados em várias experiências exitosas de construção de paz urbana, como, por exemplo, em Bogotá, na Colômbia, que já foi uma das cidades mais violentas do mundo e, desde há alguns anos, é uma cidade muito mais segura que Porto Alegre. As primeiras reformas que garantiriam a pacificação da cidade começaram pela alteração dos comportamentos desrespeitosos no trânsito e pela construção da solidariedade nas escolas.

Porto Alegre precisa ser pensada para os próximos 50 anos. Nossos problemas urbanos, em grande parte, derivam da improvisação, da ausência de planejamento estratégico e de posturas imediatistas meramente reativas. Essas tarefas de longo curso não podem ser executadas por um ou outro Governo, porque precisariam se situar para muito além dos horizontes dos mandatos do Executivo. Para isso, precisamos muito de uma agência de desenvolvimento. A ideia é criar essa agência como uma esfera pública, não estatal. Para todos os efeitos, ela poderia funcionar de maneira totalmente autônoma, como organização da sociedade civil, sendo mantida com contribuições das maiores empresas do Município e com aporte do Poder Público. As universidades deverão integrar esse esforço, que poderá organizar os grandes desafios de uma metrópole em uma moldura racional.

Carecemos ainda de outra instituição, e refiro-me à necessidade de um escritório de consulta pública. Neste caso, poderíamos pensar em um departamento da própria Câmara Municipal com uma estrutura enxuta de técnicos, especialistas nos grandes temas urbanos, que tivessem como atividade básica a organização dos processos públicos de consulta em torno de temas polêmicos. O que tal estrutura tratará de evitar é o processo de polarização política que se apresenta sempre que a iniciativa da consulta parte do Governo. Quaisquer que sejam os Partidos que lá estejam, terminam por viciar os próprios debates e os termos da participação popular.

Talvez esta seja uma marca típica da tradição política do Rio Grande do Sul, mas o fato é que, em todos os momentos em que as reformas foram apresentadas pelos governantes, assistimos a um processo de confrontação onde tudo parece possível, menos o entendimento ou o estabelecimento de consensos, ainda que parciais.

Pelo tipo de debate que temos feito, temos sido incapazes até de organizar nossas divergências. Caberia ao escritório de consulta pública descaracterizar este processo de tornar a política venal que tem produzido mais rancor do que democracia. Organizando os debates e sumariando divergências e consensos antes dos projetos formais apresentados pelo Poder Público, o escritório poderá qualificar, e muito, as discussões e a participação popular. Segundo relatou-me o Secretário Busatto, a Cidade de Montreal, no Canadá, conta com uma experiência exitosa de uma estrutura que funciona nesses moldes.

Por fim, duas outras propostas. Pretendo estimular um processo de aproximação da Câmara e nossas comunidades, especialmente aquelas mais necessitadas. Para isso, vou propor à Mesa Diretora que possamos organizar uma agenda de sessões da Câmara nos bairros. Pela proposta, a Câmara instalará as suas Comissões nas regiões escolhidas para a Sessão, recebendo os residentes durante o dia em Audiências Públicas; à noite, faríamos a Sessão com Ordem do Dia, normal, mas com a atenção voltada aos problemas daquela localidade. Penso que esse processo permitirá que as lideranças populares e as próprias comunidades saibam mais a respeito do nosso trabalho e nos auxiliem na tarefa legislativa.

Estou convencido de que o futuro das cidades passa pelo desafio da sustentabilidade. Precisamos, cada vez com mais urgência, pensar o espaço público a partir de uma outra lógica, não aquela definida pelo mercado, ou mesmo pela indústria automobilística. É preciso redefinir nossos padrões urbanos de forma a tornar a vida das pessoas mais agradável e permitir que o mundo seja um espaço acolhedor e saudável. Lembro aqui de uma frase de Einstein, que parece sintetizar tudo: “Não podemos resolver nossos problemas com o mesmo pensamento que usamos quando os criamos”. Falo de um paradigma que deveria orientar a nossa indústria, nossa arquitetura, nossa engenharia e tudo mais. A mobilidade urbana é um dos grandes temas, mas não o único. Para estimular esse debate, quero ter a chance de, no âmbito das minhas responsabilidades como gestor, assegurar uma Câmara verde, vale dizer, um Poder Legislativo que seja ele mesmo sustentável. Isso envolverá, por exemplo, o desenvolvimento de um projeto para a digitalização integral do processo legislativo, com a consequente eliminação do papel, a agilização burocrática e maior transparência, além de uma aposta em fontes alternativas de energia.

Não posso encerrar esta manifestação sem agradecer a confiança e o apoio que recebi dos Vereadores da minha Bancada: Nereu, Bosco, Bins, Thiago, Mario e Luciano. Tenho certeza de que, unidos com a força do trabalhismo, seguiremos juntos em mais esta jornada. Gostaria, igualmente, de saudar os meus colegas Vereadores que, assim como eu, estão sendo empossados na tarde de hoje: o Haroldo, a Fernanda, o Todeschini, o Ferronato e o Nedel; quero ainda saudar os Parlamentares que atuarão como Líderes do PDT, do PMDB, do PTB, do PT, do PP, do PSOL, do DEM, do PSB, do PRB, do PPS, do PPL e do PSD, o Líder do nosso Governo, o Líder da oposição, os que presidirão as Comissões Permanentes neste período que se inicia hoje. Da mesma forma, quero registrar o meu reconhecimento e a minha estima aos meus colaboradores, àqueles que enfrentam o dia a dia ao meu lado e que me têm dado o melhor das suas energias. Lembrando os meus Assessores, quero estender esse reconhecimento a todos os servidores deste Legislativo. Conto com cada um de vocês para, junto com os 36 Vereadores desta Casa, podermos ter um 2012 marcado por conquistas que melhorem a vida dos porto-alegrenses.

Encerrando esta manifestação, peço licença para homenagear meus pais, que estão à minha direita, Flávio e Sandra, cujas presenças aqui me dão motivo de enorme satisfação. Tenho a certeza de que os ensinamentos que vocês me deram seguirão para sempre comigo como o meu mais importante apoio. Muito obrigado. (Palmas.) Quero repartir a alegria desta data também com os meus irmãos: Flávio, o mais velho; Jéssica, a caçula; assim como o Fleck, meu irmão de caminhada. Uma palavra especial reservo para a Anete, minha esposa. Conhecemo-nos há cinco anos, e estamos completando um ano de casados. Pouco tempo, claro, para tudo aquilo que sonhamos, mas tempo suficiente para mim, Anete, para eu saber que encontrei a mulher da minha vida. (Palmas.)

A todos, os meus mais sinceros agradecimentos pela presença, pelas palavras de estímulo, pelos conselhos, pelo apoio e pela confiança. Tratarei de estar à altura da expectativa de vocês. Meu muito obrigado; obrigado e obrigado. Valeu! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Quero registrar também a presença do Sr. Thômas Nunnenkamp, Presidente da Associação dos Empresários Humaitá-Navegantes, e, após o seu primeiro pronunciamento, retorno a Presidência da Casa ao nosso novo mandatário, desejando a ele, de forma muito particular, todo o sucesso possível. Retorna o Ver. Mauro Zacher à presidência dos trabalhos da Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

(O Ver. Mauro Zacher reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Convoco os Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, integrantes da 4ª Comissão Representativa da XV Legislatura, para a 1ª Reunião Ordinária, no dia 04 de janeiro de 2012, às 9h30min.

Convoco todos os Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras para a 1ª Sessão Ordinária da 3ª Sessão Legislativa Ordinária, no dia 1º de fevereiro de 2012, no horário regimental.

Convido todos os presentes a cantar o Hino Rio-Grandense.

 

(Ouve-se o Hino Rio-Grandense.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Antes de encerrar esta Sessão, eu gostaria de recuperar uma grande falha que cometi, Sr. Prefeito Fortunati, de não saudar a presença da nossa primeira-dama, Regina Becker. Muito obrigado pela sua presença, Regina. (Palmas.)

Agradeço a presença de todos, e declaro encerrados os trabalhos da presente Sessão Especial.

(Encerra-se a Sessão às 16h43min.)

 

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